domingo, 29 de março de 2009

○ A vida de Ana Cristina Cesar


Ana Cristina Cruz Cesar (Rio de Janeiro, 2 de junho de 1952 — Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1983), ou ainda simplesmente Ana C., filha de Waldo Aranha Lenz Cesar e Maria Luiza Cesar, nasceu em família culta de classe média e protestante, numa década de 1950 quase bucólica do Rio de Janeiro. Criou-se entre Niterói, Copacabana e os jardins do velho Bennet. É uma das principais poetas da geração mimeógrafo ou da chamada literatura udigrudi ou marginal dos anos 1970.

Começou a escrever ainda criança - antes mesmo de ser alfabetizada, aos 4 anos, ditava poemas para que a mãe os escrevesse. A escrita sempre lhe dominou a vida. Em 1969, viaja à Inglaterra em intercâmbio e passa um período em Londres, onde trava contato com a literatura em língua inglesa. Quando volta da Inglaterra, com Emily Dickinson(Estados Unidos), Sylvia Plath(Estados Unidos) e Katherine Mansfield(Nova Zelândia) na mala, dedica-se a escrever, traduzir e entra para a Faculdade de Letras da PUC do Rio, aos 19 anos.
Começa a publicar poemas e textos de prosa poética na década de 1970 em coletâneas, revistas e jornais alternativos. Seus primeiros livros, Cenas de Abril e Correspondência Completa, são lançados em edições independentes. As atividades não param: pesquisa literária, um mestrado em comunicação na UFRJ, outra temporada na Inglaterra para um mestrado em tradução literária (na Universidade de Essex), em 1980, e a volta ao Rio, onde publicou Luvas de Pelica, escrito na Inglaterra.
Em suas obras, mantém uma fina linha entre o ficcional e o autobiográfico.
Suicidou-se, atirando-se do apartamento dos pais.

Um comentário: